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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(2): e00316920, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1360286

RESUMO

Resumo: O objetivo deste artigo foi avaliar os fatores socioeconômicos, familiares e individuais associados ao desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida, entre famílias em vulnerabilidade social. Trata-se de uma análise transversal, com dados da linha de base de um ensaio randomizado. O estudo incluiu 3.242 crianças < 12 meses de idade, residentes em 30 municípios de cinco regiões do Brasil. A escolha de estados e municípios foi intencional, tendo como base a implementação do Programa Criança Feliz. A amostra foi selecionada a partir de crianças elegíveis para o Programa Criança Feliz, cujo objetivo é promover a estimulação e o desenvolvimento infantil. O Ages and Stages Questionnaire (ASQ) foi utilizado para avaliação do desenvolvimento infantil. Um modelo de análise multinível em três níveis (estado, município e indivíduos), usando teste de Wald para heterogeneidade e tendência linear, estimou a média do ASQ-3 e intervalo de 95% de confiança (IC95%). Análises foram ajustadas para potenciais confundidores. Foram analisadas informações de 3.061 (94,4%) crianças com dados disponíveis para ASQ-3. Escores de desenvolvimento infantil (total e em todos os domínios) foram cerca de 12% menores em crianças nascidas pré-termo e com restrição do crescimento intrauterino (pequenas para idade gestacional). Observou-se menores escores em filhos de mães com baixa escolaridade, com sintomas de depressão, com duas ou mais crianças menores de sete anos residindo no domicílio e que não relataram autopercepção de apoio/ajuda durante a gestação. Conclui-se que características potencialmente modificáveis (escolaridade, depressão materna e prematuridade/restrição do crescimento intrauterino) apresentaram maior impacto na redução do escore de desenvolvimento em todos os domínios avaliados.


Abstract: The study aimed to assess socioeconomic, family, and individual factors associated with infant development (i.e., in the first year of life) among families with social vulnerability. This was a cross-sectional analysis of baseline data from a randomized trial. The study included 3,242 children < 12 months of age living in 30 municipalities from five regions of Brazil. The choice of states and municipalities was intentional, based on the implementation of the Brazilian Happy Child Program. The sample was selected among eligible children for the Brazilian Happy Child Program, and the objective was the promotion of infant development. The Ages and Stages Questionnaire (ASQ) was used to assess infant development. A three-level analytical model (state, municipality, and individuals), using the Wald test for heterogeneity and linear trend, estimated the mean ASQ-3 and 95% confidence interval (95%CI). The analyses were adjusted for potential confounders. Information was analyzed for 3,061 (94.4%) children with available data for ASQ-3. Infant development scores (total and in all the domains) were some 12% lower in preterm children and those with intrauterine growth restriction (small for gestational age). Lower scores were seen in children of mothers with low schooling, depressive symptoms, two or more children under seven years of age living in the household, and who did not report self-perceived support or help during the pregnancy. In conclusion, potentially modifiable characteristics (schooling, maternal depression, and prematurity/intrauterine growth restriction) showed greater impact on reducing the infant development score in all the target domains.


Resumen: El objetivo fue evaluar los factores socioeconómicos, familiares e individuales, asociados al desarrollo infantil en el primer año de vida, entre familias con vulnerabilidad social. Se trata de un análisis transversal, con datos de la base de referencia de un ensayo aleatorio. El estudio incluyó a 3.242 niños < 12 meses de edad, residentes en 30 municipios de cinco regiones de Brasil. La elección de estados y municipios fue intencional, considerando como base la implementación del Programa Niño Feliz. La muestra se seleccionó a partir de niños elegibles para el Programa Niño Feliz, cuyo objetivo es promover la estimulación y el desarrollo infantil. Se utilizó el Ages and Stages Questionnaire (ASQ) para la evaluación del desarrollo infantil. Un modelo de análisis multinivel en tres niveles (estado, municipio e individuos), usando el test de Wald para la heterogeneidad y tendencia lineal, estimó la media del ASQ-3 y el intervalo de 95% de confianza (IC95%). Los análisis se ajustaron para potenciales factores de confusión. Se analizó información de 3.061 (94,4%) niños con datos disponibles para ASQ-3. Las puntuaciones de desarrollo infantil (total y en todos los dominios) fueron cerca de un 12% menores en niños nacidos pretérmino y con restricción del crecimiento intrauterino (pequeños para la edad gestacional). Se observaron menores puntuaciones en hijos de madres con baja escolaridad, con síntomas de depresión, con dos o más niños menores de siete años residiendo en el domicilio y que no informaron autopercepción de apoyo/ayuda durante la gestación. Se concluye que las características potencialmente modificables (escolaridad, depresión materna y prematuridad/restricción del crecimiento intrauterino) presentaron un mayor impacto en la reducción de la puntuación de desarrollo en todos los dominios evaluados.


Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Desenvolvimento Infantil , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Recém-Nascido de Baixo Peso , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Estudos Transversais , Mães
2.
J. pediatr. (Rio J.) ; 93(4): 356-364, July-Aug. 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-894038

RESUMO

Abstract Objective: To investigate the association between postpartum depression and the occurrence of exclusive breastfeeding. Method: This is a cross-sectional study conducted in the states of the Northeast region, during the vaccination campaign in 2010. The sample consisted of 2583 mother-child pairs, with children aged from 15 days to 3 months. The Edinburgh Postnatal Depression Scale was used to screen for postpartum depression. The outcome was lack of exclusive breastfeeding, defined as the occurrence of this practice in the 24 h preceding the interview. Postpartum depression was the explanatory variable of interest and the covariates were: socioeconomic and demographic conditions; maternal health care; prenatal, delivery, and postnatal care; and the child's biological factors. Multivariate logistic regression analysis was conducted to control for possible confounding factors. Results: Exclusive breastfeeding was observed in 50.8% of the infants and 11.8% of women had symptoms of postpartum depression. In the multivariate logistic regression analysis, a higher chance of exclusive breastfeeding absence was found among mothers with symptoms of postpartum depression (OR = 1.67; p < 0.001), among younger subjects (OR = 1.89; p < 0.001), those who reported receiving benefits from the Bolsa Família Program (OR = 1.25; p = 0.016), and those started antenatal care later during pregnancy (OR = 2.14; p = 0.032). Conclusions: Postpartum depression contributed to reducing the practice of exclusive breastfeeding. Therefore, this disorder should be included in the prenatal and early postpartum support guidelines for breastfeeding, especially in low socioeconomic status women.


Resumo Objetivo: Verificar a associação entre a depressão pós-parto e a ocorrência do aleitamento materno exclusivo. Método: Estudo de corte transversal feito nos estados da Região Nordeste, durante a campanha de vacinação de 2010. A amostra consistiu de 2.583 binômios mães-crianças entre 15 dias e três meses. Usou-se a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo para rastrear a depressão pós-parto. O desfecho consistiu da ausência de aleitamento materno exclusivo nas 24 horas que antecederam a entrevista. A depressão pós-parto foi variável explanatória de interesse e as covariáveis foram: condições socioeconômicas e demográficas, assistência pré-natal, ao parto e pós-natal e fatores da criança. Fez-se análise de regressão logística multivariada com o objetivo de controlar possíveis fatores de confusão. Resultados: A amamentação exclusiva foi observada em 50,8% das crianças e 11,8% das mulheres apresentaram sintomatologia indicativa de depressão pós-parto. Na análise de regressão logística multivariada foi verificada uma maior chance de ausência do aleitamento materno exclusivo entre as mães com sintomas de depressão pós-parto (OR = 1,67; p < 0,001). Conclusões: A depressão pós-parto contribuiu para redução da prática do aleitamento materno exclusivo. Assim, esse transtorno deveria ser incluído nas orientações de apoio desde o pré-natal e nos primeiros meses pós-parto, especialmente em mulheres de baixo nível socioeconômico.


Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Adulto , Adulto Jovem , Aleitamento Materno/psicologia , Depressão Pós-Parto/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Estudos Transversais , Depressão Pós-Parto/complicações
3.
J. pediatr. (Rio J.) ; 89(3): 269-277, maio-jun. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-679307

RESUMO

OBJETIVO: Identificar fatores de risco para mortalidade neonatal, com especial atenção aos fatores assistenciais relacionados com os cuidados durante o período pré-natal, parto e história reprodutiva materna. MÉTODOS: Trata-se de um estudo caso-controle realizado em Maceió, Nordeste do Brasil. A amostra consistiu de 136 casos e 272 controles selecionados em bancos de dados oficiais brasileiros. Os casos foram todos os recém-nascidos que morreram antes de completar 28 dias de vida, selecionados no Sistema de Informações sobre Mortalidade, e os controles foram os sobreviventes neste período, selecionados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, por sorteio aleatório entre as crianças nascidas na mesma data do caso. Entrevistas domiciliares foram realizadas com as mães. RESULTADOS: A análise de regressão logística identificou como fatores determinantes para a morte no período neonatal mães com história de filhos anteriores que morreram no primeiro ano de vida (OR = 3,08), o internamento durante a gestação (OR = 2,48), o pré-natal inadequado (OR = 2,49), a não realização de ecografia durante o pré-natal (OR = 3,89), a transferência de recém-nascidos para outra unidade após o nascimento (OR = 5,06), os recém-nascidos internados em UTI (OR = 5,00) e o baixo peso ao nascer (OR = 2,57). Entre as condições socioeconômicas, observou-se uma maior chance para mortalidade neonatal em residências com menor número de moradores (OR = 1,73) e com ausência de filhos menores de cinco anos (OR = 10,10). CONCLUSÕES: Vários fatores que se mostraram associados à mortalidade neonatal neste estudo podem ser decorrentes de assistência inadequada ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, sendo, portanto, passíveis de serem modificados.


OBJECTIVE: To identify risk factors for neonatal mortality, focusing on factors related to assistance care during the prenatal period, childbirth, and maternal reproductive history. METHODS: This was a case-control study conducted in Maceió, Northeastern Brazil. The sample consisted of 136 cases and 272 controls selected from official Brazilian databases. The cases consisted of all infants who died before 28 days of life, selected from the Mortality Information System, and the controls were survivors during this period, selected from the Information System on Live Births, by random drawing among children born on the same date of the case. Household interviews were conducted with mothers. RESULTS: The logistic regression analysis identified the following as determining factors for death in the neonatal period: mothers with a history of previous children who died in the first year of life (OR = 3.08), hospitalization during pregnancy (OR = 2.48), inadequate prenatal care (OR = 2.49), lack of ultrasound examination during prenatal care (OR = 3.89), transfer of the newborn to another unit after birth (OR = 5.06), admittance of the newborn at the ICU (OR = 5.00), and low birth weight (OR = 2.57). Among the socioeconomic conditions, there was a greater chance for neonatal mortality in homes with fewer residents (OR = 1.73) and with no children younger than five years (OR = 10.10). CONCLUSION: Several factors that were associated with neonatal mortality in this study may be due to inadequate care during the prenatal period and childbirth, and inadequate newborn care, all of which can be modified.


Assuntos
Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Gravidez , Mortalidade Infantil , Assistência Perinatal/normas , Cuidado Pré-Natal/normas , Estudos de Casos e Controles , Causas de Morte , Métodos Epidemiológicos , História Reprodutiva , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos
4.
J. pediatr. (Rio J.) ; 89(1): 75-82, jan.-fev. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-668829

RESUMO

OBJETIVOS: Identificar as características da assistência à saúde de lactentes com muito baixo peso ao nascer no primeiro ano de vida e os fatores associados a esta atenção. MÉTODOS: Estudo descritivo com componente analítico foi realizado na cidade de Maceió, Nordeste do Brasil, com uma amostra de 53 crianças com idade mediana de cinco meses na época da entrevista, e suas respectivas mães. As mães foram entrevistadas no domicílio,quanto às condições socioeconômicas, demográficas e de assistência à saúde da criança. A atenção à saúde foi avaliada com a elaboração de um índice utilizando 16 variáveis relacionadas às ações preconizadas para esta assistência. RESULTADOS: A análise de regressão linear multivariada mostrou que a escolaridade materna e a renda familiar foram as variáveis que, juntas, melhor explicaram a variação do Índice de Atenção à Saúde (18,9%), seguidas da paridade (6,6%) e da prática do aleitamento materno na época da entrevista (6,9%). CONCLUSÕES: Considerando que as famílias com piores condições socioeconômicas e as mulheres com maior número de filhos e que não amamentaram foram os fatores associados a uma assistência inadequada à saúde de crianças nascidas com muito baixo peso, os mesmos deveriam ser contemplados nas ações de planejamento da saúde pública.


OBJECTIVES: To identify the characteristics of health care in infants with very low birth weight during the first year of life and the factors associated with this care. METHODS: This was a descriptive study with an analytical component conducted in the city of Maceió, Northeastern Brazil, with a sample of 53 children with a median age of five months at the time of the interview, and their mothers. The mothers were interviewed at home regarding socioeconomic and demographic data and health care provided for the child. Health care was assessed through an index using 16 variables related to the recommended actions for this type of care. RESULTS: Multivariate linear regression analysis showed that maternal education and family income were the variables that best explained the health care index variation (18.9%), followed by parity (6.6%), and breastfeeding at the time of the interview (6.9%). CONCLUSIONS: Considering that families with lower socioeconomic status, women with a higher number of children, and women who did not breastfeed were factors associated with poor health care of children born with very low birth weight, these variables should be included in measures of public health planning.


Assuntos
Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Atenção à Saúde/normas , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Cuidado do Lactente/normas , Brasil , Aleitamento Materno , Seguimentos , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde , Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica , Modelos Lineares , Comportamento Materno , Qualidade da Assistência à Saúde/normas , Fatores Socioeconômicos
5.
J. pediatr. (Rio J.) ; 88(4): 347-352, jul.-ago. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-649466

RESUMO

OBJETIVO: Investigar a prevalência do excesso de peso e sua associação com fatores socioeconômicos, biológicos e maternos em menores de 5 anos da região semiárida do estado de Alagoas. MÉTODOS: Estudo transversal, com amostra representativa. Foram avaliadas variáveis da criança (excesso de peso, sexo, peso ao nascer, prematuridade, duração do aleitamento materno e procedência) e da mãe (excesso de peso, obesidade central, renda, escolaridade e fumo durante a gestação). O excesso de peso nas crianças foi definido com base no índice peso/estatura > 1 escore z, e nas mães, o excesso de peso e a obesidade central foram identificados pelo índice de massa corporal > 30 kg/m² e circunferência da cintura > 80 cm, respectivamente. Realizou-se regressão logística, adotando-se o excesso de peso como desfecho, considerando-se significante p < 0,05. RESULTADOS: A amostra foi composta por 963 crianças, com média de idade de 27,7 meses (desvio padrão ±17,3). A prevalência de excesso de peso em crianças foi de 28,5% e diretamente associada à obesidade central na mãe (odds ratio = 1,46; IC95% 1,07-1,98) e duração do aleitamento materno não exclusivo por um período inferior a 6 meses (odds ratio = 1,82; IC95% 1,31-2,51). CONCLUSÕES: Este estudo mostrou uma elevada prevalência de excesso de peso em menores de 5 anos associada à obesidade central na mãe e ao aleitamento materno não exclusivo por um período inferior a 6 meses. Esses achados sugerem que o aleitamento materno pode proteger a criança contra o excesso de peso e apontam para a necessidade de prevenção primária e secundária da obesidade central materna.


OBJECTIVE: To investigate the prevalence of overweight and its association with socioeconomic, biological, and maternal factors in children under 5 years of age in the semiarid region of the state of Alagoas. METHODS: This was a cross-sectional study with a representative sample. We evaluated child variables (excess weight, sex, birth weight, prematurity, duration of breastfeeding, and origin) and mother variables (excess weight, central obesity, income, education, and smoking during pregnancy). Excess weight in children was defined based on the weight-for-height > 1 z score; in mothers, overweight and central obesity were identified by mass body index > 30 kg/m² and waist circumference > 80 cm, respectively. We conducted logistic regression, adopting overweight as an outcome, considering as significant p < 0.05. RESULTS: The sample comprised 963 children, with a mean age of 27.7 months (SD ±17.3). The prevalence of overweight children was 28.5%, directly associated with central obesity in the mother (odds ratio = 1.46; 95%CI 1.07-1.98) and duration of non-exclusive breastfeeding for a period of less than 6 months (odds ratio = 1.82, 95%CI 1.31-2.51). CONCLUSIONS: This study showed a high prevalence of overweight children under 5 years of age associated with central obesity in the mother and non-exclusive breastfeeding for a period less than 6 months. These findings suggest that breastfeeding may protect children against overweight and point to the need for primary and secondary prevention of maternal central obesity.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Sobrepeso/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Estudos Transversais , Modelos Logísticos , Mães , Estado Nutricional , Obesidade/epidemiologia , Prevalência , Fatores Socioeconômicos
6.
J. pediatr. (Rio J.) ; 87(1): 29-35, jan.-fev. 2011. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-576126

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a influência do baixo peso de crianças nascidas a termo sobre a composição corporal na idade escolar. MÉTODO: Este estudo consistiu de um corte transversal aninhado em uma coorte de 375 crianças recrutadas ao nascimento em 1993-1994 no estado de Pernambuco. Aos 8 anos de idade, 213 crianças tiveram a composição corporal avaliada através da mensuração da espessura das pregas cutâneas tricipital e subescapular e da circunferência do braço. A regressão linear multivariada foi utilizada para identificar a influência do baixo peso ao nascer, das condições socioeconômicas, do estado nutricional materno e morbidade da criança na prega cutânea tricipital. RESULTADOS: As médias das pregas cutâneas tricipital e subescapular, da circunferência do braço e das áreas muscular e de gordura do braço foram menores nas crianças nascidas com baixo peso em relação às nascidas com peso adequado; no entanto, essas diferenças não foram estatisticamente significantes. Na análise de regressão linear multivariada, as variáveis socioeconômicas explicaram o maior percentual da variação da prega cutânea tricipital (12,3 por cento), especialmente a renda familiar per capita (9,1 por cento), seguida da ocorrência de anemia e da hospitalização anterior, que juntas explicaram 5,6 por cento, e do índice de massa corporal materna, que contribuiu com 2,4 por cento dessa variação. O baixo peso ao nascer não influenciou no depósito de gordura subcutânea tricipital nessa faixa etária. CONCLUSÃO: Os fatores socioeconômicos e a morbidade anterior da criança apresentaram uma maior influência na composição corporal de escolares nascidos a termo em detrimento do baixo peso ao nascer.


OBJECTIVE: To assess the influence of low birth weight in full-term infants on body composition at school age. METHOD: This is a cross-sectional study nested in a cohort of 375 infants recruited at birth between 1993 and 1994 in the state of Pernambuco, Brazil. At 8 years of age, the body composition of 213 children from this cohort was assessed by measurement of triceps and subscapular skinfold thickness and mid upper arm circumference. Multivariable linear regression analysis was used to identify the influence of low birth weight, socioeconomic condition, maternal nutritional status, and child morbidity on triceps skinfold thickness. RESULTS: Mean triceps and subscapular skinfold thickness, mid upper arm circumference, and upper arm muscle and fat areas were lower in children born at term with low weight than in those with appropriate birth weight. However, these differences were not statistically significant. Multivariable linear regression analysis showed that the relative majority of variance in triceps skinfold thickness (12.3 percent) was explained by socioeconomic variables, particularly per capita family income (9.1 percent), followed by anemia and past hospitalization (which, together, explained 5.6 percent of variance) and maternal body mass index, which contributed toward 2.4 percent of this variance. Low birth weight had no influence on triceps subcutaneous fat deposition in this age group. CONCLUSION: Socioeconomic factors and a history of morbidity had a greater influence on body composition than low birth weight in schoolchildren born at term.


Assuntos
Adulto , Criança , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Composição Corporal/fisiologia , Retardo do Crescimento Fetal/fisiopatologia , Peso ao Nascer , Índice de Massa Corporal , Brasil , Estudos de Coortes , Estudos Transversais , Análise de Regressão , Dobras Cutâneas , Fatores Socioeconômicos
7.
J. pediatr. (Rio J.) ; 86(1): 65-72, jan.-fev. 2010. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-542905

RESUMO

Objetivo: Verificar a influência do tipo de aleitamento materno e da presença de anemia na mãe no nível de hemoglobina de lactentes aos 6 meses de idade. Métodos: Estudo transversal, aninhado em estudo de intervenção de base comunitária, randomizado, controlado, que objetivou aumentar a duração do aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. O estudo foi realizado em quatro cidades do estado de Pernambuco, sendo os recém-nascidos recrutados no período de março a agosto de 2001. Seis meses após o parto, avaliou-se a concentração da hemoglobina de 330 mães/lactentes e o tipo de aleitamento. A identificação dos fatores que, de modo independente, contribuíram na concentração de hemoglobina das crianças foi realizada utilizando análise de regressão linear multivariada. Resultados: O tipo de aleitamento não influenciou a concentração de hemoglobina na amostra como um todo. No entanto, ao se analisar o grupo de crianças em aleitamento exclusivo/predominante, verificou-se uma diferença significante na mediana da hemoglobina de 0,7 g/dL em detrimento das filhas de mães anêmicas. A hemoglobina materna, o tipo de piso da residência, o tipo de parto e o peso ao nascer contribuíram significantemente na variação da concentração de hemoglobina das crianças. Conclusões: Ao contrário do observado em relação ao tipo de aleitamento materno, a anemia materna exerceu influência sobre os valores de hemoglobina de lactentes aos 6 meses, mesmo quando consideradas apenas as crianças em aleitamento exclusivo/predominante, apontando para a necessidade de prevenção da anemia materna antes da concepção, durante a gravidez e na lactação.


Objective: To verify the influence of breastfeeding type and of maternal anemia on hemoglobin concentration in 6-month-old infants. Methods: This was a cross-sectional study nested in a community-based, randomized and controlled intervention study that aimed to prolong the duration of exclusive breastfeeding during the first 6 months of life. This study was conducted in four towns in the Brazilian state of Pernambuco and newborn infants were recruited from March to August of 2001. The hemoglobin concentrations of 330 mothers and infants were assayed and type of breastfeeding was assessed 6 months after delivery. Multivariate linear regression analysis was used to identify factors that independently contributed to the infants hemoglobin concentration. Results: The type of feeding had no influence on the hemoglobin concentration in the sample as a whole, however, there was a significant difference when the exclusive + predominant breastfeeding” subset of infants was analyzed, with the children of anemic mothers exhibiting a reduction of 0.7g/dL in median hemoglobin. Mothers hemoglobin level, type of flooring at home, type of delivery, and birthweight all significantly contributed to the variation in the infants hemoglobin concentration. Conclusions: In contrast with type of breastfeeding, maternal anemia did have an influence on the hemoglobin levels of 6-month-old infants, even when only children on exclusive + predominant breastfeeding” were analyzed. These findings highlight the need to prevent maternal anemia before conception, during pregnancy and throughout lactation.


Assuntos
Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Gravidez , Anemia/sangue , Aleitamento Materno/efeitos adversos , Hemoglobinas/análise , Complicações Hematológicas na Gravidez/sangue , Anemia/diagnóstico , Peso ao Nascer , Brasil , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Métodos Epidemiológicos , Complicações Hematológicas na Gravidez/diagnóstico , Fatores de Risco
8.
Cad. saúde pública ; 24(supl.2): s303-s311, 2008. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-487393

RESUMO

Esse estudo teve como objetivo investigar a efetividade da suplementação semanal de ferro na concentração de hemoglobina, no estado nutricional e no desenvolvimento mental e motor de lactentes em quatro creches municipais do Recife, Pernambuco, Brasil. O estudo consistiu de uma intervenção do tipo antes-depois realizada com suplementação semanal com ferro por seis meses, em uma amostra de 76 crianças com idade entre 4 e 24 meses, no período de fevereiro a dezembro de 2005. Os desenvolvimentos mental e motor foram avaliados pela Escala de Desenvolvimento Infantil de Bayley II. Após a suplementação observou-se um aumento significante na concentração de hemoglobina, apenas no grupo de lactentes com hemoglobina inicial < 9,5g/dL (p = 0,001). Para o índice peso/comprimento também se verificou um incremento significante da média de escore z, no entanto, ocorreu o oposto para o índice comprimento/idade. Não se observou diferença nos índices de desenvolvimento. Conclui-se que a suplementação semanal de ferro foi efetiva elevando a hemoglobina nos lactentes com níveis iniciais mais baixos, não se observando impacto no desenvolvimento infantil.


This study analyzed the effectiveness of weekly iron supplementation on hemoglobin concentration, nutritional status, and mental and motor development of infants at four public daycare centers in Recife, Pernambuco State, Brazil. This was a before-after intervention study conducted with weekly iron supplementation for six months in a sample of 76 infants in the 4 to 24 month age group, from February to December 2005. Mental and motor development was assessed through the Bayley Scale of Infant Development II. After supplementation, a significant increase was observed in hemoglobin concentration in the group of infants with initial hemoglobin level < 9.5g/dL (p = 0.001). There was also a significant increase in the mean weight-for-length z-score, but the opposite was found for length-for-age. No difference was observed in the developmental indices. We conclude that weekly iron supplementation was effective for increasing hemoglobin concentration in infants with lower initial levels, but no impact on infant development was observed.


Assuntos
Pré-Escolar , Humanos , Lactente , Desenvolvimento Infantil/efeitos dos fármacos , Suplementos Nutricionais , Hemoglobinas/análise , Ferro da Dieta/administração & dosagem , Estado Nutricional/efeitos dos fármacos , Anemia Ferropriva/diagnóstico , Anemia Ferropriva/tratamento farmacológico , Brasil , Creches , Desenvolvimento Infantil/fisiologia , Estado Nutricional/fisiologia , Fatores Socioeconômicos
9.
J. pediatr. (Rio J.) ; 82(6): 452-457, Nov.-Dec. 2006. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-440511

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o impacto do tratamento com sulfato ferroso, administrado semanalmente, sobre o nível de hemoglobina, morbidade e estado nutricional de lactentes anêmicos da Zona da Mata Meridional de Pernambuco. MÉTODOS: Estudo de intervenção de base comunitária, controlado, realizado com 378 lactentes acompanhados até 18 meses. Foram selecionadas aleatoriamente 245 crianças para avaliação da hemoglobina aos 12 meses. As crianças foram distribuídas em três grupos de estudo: dois com tratamento semanal de 45 mg de ferro elementar, dos 12 aos 18 meses de vida (69 crianças com anemia moderada/grave e 111 com anemia leve) e um sem tratamento, constituído de 65 crianças sem anemia. As 133 crianças restantes constituíram o grupo controle, utilizado para comparação do estado nutricional e da morbidade. RESULTADOS: A prevalência de anemia foi de 73,5 por cento aos 12 meses de vida. Após 6 meses de tratamento, houve recuperação do nível de hemoglobina para valores > 11,0 g/dL em 42,3 por cento dos lactentes anêmicos. O aumento médio foi de 1,6 g/dL, sendo maior (2,5 g/dL) para o grupo com nível inicial mais baixo de hemoglobina. Das crianças sem anemia e não tratadas, 40,3 por cento tornaram-se anêmicas ao término do acompanhamento, com uma redução média do nível de hemoglobina de 0,5 g/dL. Observou-se um ganho de peso significativamente maior nos grupos com tratamento, o mesmo não ocorrendo para crescimento linear e duração da diarréia. CONCLUSÕES: A redução da prevalência da anemia em menos da metade das crianças recebendo sulfato ferroso em doses semanais e o surgimento de anemia nos lactentes não anêmicos e sem suplementação de ferro são indicativos da necessidade de estratégias eficazes para seu controle.


OBJECTIVE: To evaluate the impact of weekly treatment with ferrous sulfate on hemoglobin level, morbidity and nutritional status in a sample of anemic infants from Zona da Mata Meridional in the state of Pernambuco, Brazil. METHODS: A controlled, community-based intervention was carried out with 378 infants who were followed-up for 18 months. Hemoglobin level was measured at 12 months in a total of 245 children randomly selected. Participating infants were divided into three groups: two received 45 mg of elemental iron weekly, from 12 to 18 months of life (69 children with moderate/severe anemia, and 111 with mild anemia); the third group was composed of 65 non-anemic children, who received no intervention. The remaining 133 children constituted the control group, for comparisons on nutritional status and morbidity. RESULTS: The prevalence of anemia was 73.5 percent at 12 months of life. After 6 months of treatment, 42.3 percent of anemic children reached hemoglobin levels > 11.0 g/dL. The mean increase was 1.6 g/dL, being higher (2.5 g/dL) in the group with lower levels of hemoglobin at baseline. Children without anemia at baseline received no treatment, and 40.3 percent of them became anemic at the end of follow-up, with a mean decrease of 0.5 g/dL in hemoglobin levels. A significantly greater weight gain was observed in the two treated groups, while no significant improvements were seen in linear growth and duration of diarrhea. CONCLUSIONS: The fact that less than half the children receiving ferrous sulfate recovered from anemia at the end of follow-up, along with the development of anemia in many untreated, previously non-anemic infants, suggests the need for effective control strategies.


Assuntos
Humanos , Lactente , Anemia/tratamento farmacológico , Compostos Ferrosos/uso terapêutico , Hemoglobinas/análise , Estado Nutricional/efeitos dos fármacos , Anemia/mortalidade , Tamanho Corporal , Peso Corporal , Estudos de Casos e Controles , Ensaio Clínico , Diarreia Infantil/mortalidade , Compostos Ferrosos/administração & dosagem , Prevalência , Índice de Gravidade de Doença , Fatores de Tempo , Resultado do Tratamento
10.
Rev. saúde pública ; 40(6): 1073-1081, dez. 2006. graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-440249

RESUMO

OBJETIVO: Verificar o padrão de crescimento de crianças nascidas a termo com peso baixo e adequado nos primeiros dois anos de vida e identificar fatores determinantes no momento de desaceleração máxima do crescimento. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectiva com 148 lactentes nascidos a termo, em cinco municípios do Estado de Pernambuco. Os recém-nascidos foram recrutados nas maternidades no período de janeiro de 1993 a janeiro de 1994 e tiveram as medidas antropométricas aferidas com um, dois, quatro, seis, 12 e 24 meses. Os fatores de risco foram avaliados por análise de regressão linear multivariada. RESULTADOS: Houve incremento na média dos índices peso/idade e comprimento/idade mais evidente nas crianças com baixo peso do que nas com peso adequado ao nascer, especialmente nos dois primeiros meses de vida. A partir desta idade, observou-se desaceleração progressiva do crescimento até os 12 meses. O padrão de crescimento pôndero-estatural foi semelhante entre todas as crianças. Contudo, as nascidas com peso adequado mantiveram peso e comprimento acima das nascidas com baixo peso. As variáveis socioeconômicas explicaram 23 por cento da variação do índice peso/idade, e o peso ao nascer, 4 por cento. A condição socioeconômica explicou 28 por cento da variação do índice comprimento/idade, seguido do peso ao nascer, altura materna e ocorrência de diarréia. CONCLUSÕES: Intervenções visando ao crescimento adequado devem ser direcionadas à assistência pré-natal e aos fatores socioambientais durante a infância, como forma de garantir a expressão máxima do potencial genético neste grupo populacional.


OBJECTIVE: To assess the growth pattern of full term low and adequate birth weight infants during the first two years of life and to identify the determinants at the time of the greatest growth deceleration. METHODS: A prospective cohort study was conducted with 148 full term infants in five small towns of the state of Pernambuco, Northeastern Brazil. Newborns were recruited from maternities between January 1993 and January 1994 and their anthropometric measurements were taken at one, two, four, six, 12 and 24 months of life. Risk factors were analyzed using multivariable linear regression. RESULTS: The increment of mean weight-for-age and length-for-age were more evident for low birth weight when compared with adequate weight infants, especially during the first two months after birth. From this point onward it was observed a progressive mean growth deceleration in both indexes up to 12 months of life. All infants had similar weight and length growth patterns. However, adequate birth weight infants remained in an upper level. Socioeconomic variables explained 23 percent of variation for weight-for-age, followed by 4 percent for birth weight. Socioeconomic condition was also the factor mostly affecting length-for-age, explaining 28 percent of its variation, followed by birth weight, maternal height and diarrhea. CONCLUSIONS: The study results suggest that interventions aiming to adequate growth should focus on prenatal care and social and environmental factors during childhood as a way of ensuring full expression of the genetic potential of this population.


Assuntos
Recém-Nascido , Humanos , Aumento de Peso , Peso ao Nascer , Peso-Idade , Recém-Nascido de Baixo Peso , Recém-Nascido/crescimento & desenvolvimento , Estudos de Coortes , Fatores Socioeconômicos
11.
J. pediatr. (Rio J.) ; 82(3): 186-192, May-June 2006. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-431072

RESUMO

OBJETIVO: Verificar de forma objetiva e subjetiva o efeito da música em crianças no pós-operatório de cirurgia cardíaca em uma unidade de terapia intensiva cardiopediátrica, em conjunto com ações da prática convencional. MÉTODOS: Ensaio clínico aleatorizado por placebo, no qual foram avaliadas 84 crianças, com faixa etária de 1 dia a 16 anos, nas primeiras 24 horas de pós-operatório, submetidas a sessão de 30 minutos de musicoterapia, utilizando música clássica e observadas no início e fim das sessões quanto às seguintes variáveis: freqüência cardíaca, pressão arterial, pressão arterial média, freqüência respiratória, temperatura, saturação de oxigênio, além de uma escala facial de dor. Foi considerado o nível de significância estatística de 5 por cento. RESULTADOS: Dos 84 pacientes iniciais, cinco (5,9 por cento) recusaram participar do estudo. O grupo de cardiopatias mais comum foi o de congênitas acianogênicas com shunt E-D (41 por cento intervenção: 44,4 por cento controle). Quanto à avaliação subjetiva através da escala facial de dor e objetiva das freqüências cardíaca e respiratória, observou-se diferença estatisticamente significante entre os dois grupos após a intervenção (p < 0,001, p = 0,04 e p = 0,02, respectivamente). CONCLUSÕES: Observou-se neste estudo uma ação benéfica da música em crianças no pós-operatório de cirurgia cardíaca, através de alguns sinais vitais (freqüências cardíaca e respiratória) e na redução da dor (escala facial de dor). Contudo, existem lacunas a serem preenchidas nesta área, necessitando a realização de estudos mais aprofundados.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/psicologia , Cardiopatias/cirurgia , Musicoterapia/normas , Pressão Sanguínea , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/normas , Frequência Cardíaca , Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica , Musicoterapia/métodos , Placebos , Cuidados Pós-Operatórios , Período Pós-Operatório , Dor/terapia , Resultado do Tratamento
12.
J. pediatr. (Rio J.) ; 81(6): 471-477, nov.-dez. 2005. tab
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-424436

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o impacto de treinamento baseado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança sobre práticas relacionadas à amamentação na maternidade e freqüências de aleitamento materno nos primeiros 6 meses de vida. MÉTODOS: Foram treinadas 90 por cento das auxiliares de enfermagem e parteiras de duas maternidades (A e B) de Palmares (PE). Foram entrevistadas 334 mães nas primeiras 48 horas e 10 dias após o parto, para avaliar práticas que estimulam a amamentação nas maternidades e o cumprimento do quarto ao 10° passo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Uma subamostra de 166 mães recebeu sete visitas domiciliares, para avaliar as freqüências do aleitamento materno nos 6 primeiros meses de vida. Os resultados foram comparados com os de estudo de coorte realizado na área em 1998. RESULTADOS: O desempenho da maternidade B foi melhor que o da maternidade A quanto às práticas que promovem o aleitamento materno relacionadas aos passos avaliados e quanto às freqüências de amamentação exclusiva. Comparação com coorte histórica evidenciou melhora nas práticas relacionadas à amamentação nas maternidades e aumento nas freqüências do aleitamento materno exclusivo (de 21,2 para 70 por cento), nas primeiras 48 horas após o parto e durante os 6 primeiros meses de vida. CONCLUSÕES: O treinamento promoveu mudanças parciais em algumas práticas relacionadas à amamentação, repercutindo de forma positiva sobre as freqüências de aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo nas maternidades. Contudo, não houve mudanças expressivas nessas freqüências ao longo dos 6 meses de vida, sugerindo a necessidade de intervenções efetivas no apoio ao aleitamento exclusivo nos serviços de saúde e na comunidade.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Aleitamento Materno , Promoção da Saúde/organização & administração , Recursos Humanos em Hospital/educação , Brasil , Aleitamento Materno/psicologia , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Estudos de Coortes , Seguimentos , Maternidades , Capacitação em Serviço , Mães/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo
13.
Cad. saúde pública ; 20(2): 589-595, mar.-abr. 2004. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-357207

RESUMO

O objetivo deste estudo foi identificar os fatores de risco associados à presença de episódios diarréicos em lactentes menores de seis meses, residentes na Zona da Mata Meridional do Estado de Pernambuco, Brasil. O desenho do estudo foi do tipo caso-controle, aninhado numa coorte. Foi estudado um total de 397 crianças, sendo 239 casos e 158 controles (1,5:1). Foi calculado o odds ratio(OR), intervalo de confiança (IC) de 95 por cento, e realizada análise de regressão logística para identificar fatores preditores da variável a ser explicada. Na análise multivariada, a ausência de água canalizada (OR = 3,60; IC95 por cento 1,49-8,74) e aleitamento materno por menos de 6 meses (OR = 2,06; IC95 por cento 1,26-3,38) foram os fatores significantemente associados com a ocorrência de diarréia, após o ajuste pelas demais variáveis.


Assuntos
Lactente , Diarreia Infantil , Fatores de Risco , Estudos de Casos e Controles , Fatores Socioeconômicos
14.
Rev. panam. salud pública ; 10(2): 101-107, ago. 2001.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-323817

RESUMO

Objetive. To determine the prevalence of anemia in children 6-59 months old in Pernambuco, a state in northeastern Brazil, so as to help guide health and nutrition policies there. Methods. In 1997 a representative sample of 777 young children had their hemoglobin concentration measured. The sampling process was in three stages. First, 18 municipalities were randomy selected to represent the stat and its three geographic areas (metropolitan region of Recife, urban interior, and rural interior). Next, using census list, 45 census sectors were randomly chosen. Finally, 777 children aged 6-59 months old were seleted. Blood was colected by venipuncture, and hemoglobin was measured with a portable homoglobinometer. In the analysis, prevalence was weighted to reflect the census age distribution. Results. The prevalence of anemia among children 6-59 months old was 40.9 for the state as awhole. Prevalence in the metropolitan region of Recife was 39.6, and it was 35.9 in the urban interior. The rural interior had the highest prevalence, 51.4. Prevalence was twices as high in children aged 6-23 months as among those 24-59 months old, 61.8 vs. 31.0 (x2=77.9,P0.001). The mean hemoglobin concentration in the younger and older age groups were 10.4g/dL (standard deviation (SD)=1.5) and 11.4g/dL (SD=1.4),respectively. There was no statically significant difference between the sexes in terms of prevalence. conclusions. This is the first statewide assessment of anemia prevalence among young children in Brazil. Given the very high prevalence of anemia among the children studied in Pernambuco, especially those in the age group of 6-23 months, public health interventions are needed


Assuntos
Anemia , Ferro , Saúde Pública , Brasil
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